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Foto: divulgação

Projeto aborda qualidade de vida no trabalho de educadores sociais em Ribeirão Preto

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Iniciativa busca cuidar de quem cuida com encontros mensais; projeto é desenvolvido pela USP em parceria com Secretaria de Assistência Social da cidade

Garantir direitos e proteção para pessoas em situação de vulnerabilidade social são alguns exemplos da missão que envolve a rotina do educador social. Visando promover capacitação e desenvolvimento para esses profissionais, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP em parceria com a Secretaria de Assistência Social de Ribeirão Preto vem desenvolvendo o Projeto Capacitação e Desenvolvimento Profissional de Educadores Sociais.

A iniciativa envolve oficinas e treinamentos para aprimoramento na atuação e troca de experiências. “Os encontros, que eram presenciais antes da pandemia, foram adaptados para atividades no ambiente virtual com trabalhos em interfaces digitais para crianças, adolescentes e educadores”, conta a professora Maria Paula Panúncio Filho da FMRP e uma das coordenadoras do projeto.

No mês de abril, o projeto contou com uma capacitação online sobre os aspectos de saúde e qualidade de vida no trabalho, abordando reflexões sobre a importância do autocuidado. A atividade reuniu coordenadores de Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e encarregados dos 14 Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da cidade.

Além disso, os participantes passaram por um treinamento para o uso de ferramentas digitais no trabalho, como Google Agenda, Google Meet e digitalização de textos e documentos com scanner de celular.

“A nossa equipe é estimulada a aprimorar habilidades técnicas que contribuirão no atendimento, cuidado e no desenvolvimento das crianças, adolescentes e famílias assistidas. As capacitações preparam o nosso grupo técnica e emocionalmente, para lidar com adversidades do cotidiano do trabalho social e na criação de estratégias para executá-lo. Em conversa com a equipe de encarregados, ficou evidente a aceitação e positivação do time quanto ao trabalho que tem sido realizado pela equipe da FMRP”, conta Daniel Siqueira, chefe da divisão de gerenciamento de ações socioassistenciais para criança, adolescente e juventude.

No primeiro semestre do ano, estão sendo realizados dois encontros mensais e remotos com a previsão de atividades presenciais a partir de agosto. “Está nos planos que duplas de bolsistas visitem os locais para os treinamentos in loco de mídias e tecnologias digitais”, completa a professora Aline Epiphanio Wolf da FMRP, que também é coordenadora do projeto.

Quatro anos de atuação em Ribeirão Preto

Criado em 2017, o projeto de extensão nasceu no curso de Terapia Ocupacional da FMRP e hoje conta com estudantes e professores colaboradores da Fonoaudiologia, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia. “O trabalho também envolve atividades de ensino, sendo até cenário de práticas e estágios de disciplinas da Terapia Ocupacional”, conta a terapeuta ocupacional e professora, Maria Paula.

Atualmente, a iniciativa atende 80 educadores sociais por mês e 1.100 crianças e adolescentes por ano com atuação que abrange 14 Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Para isso, o projeto conta com a participação de nove bolsistas e 12 estudantes voluntários com orientação das professoras Maria Paula e Aline.

Fabricio Oliveira Costa de Carvalho, voluntário, ex-bolsista e aluno do curso de Terapia Ocupacional da FMRP, conta que o projeto o fez enxergar como o profissional pode atuar no campo social na perspectiva dos SCFV. “Um exemplo são as atividades de intervenção que me ajudam a fazer conexões com diversas situações vistas em sala de aula e aplicar atividades vistas em aula contribuindo com o projeto”, conta.

Além disso, ele destaca a ampliação de noções de cidadania e responsabilidade para o desenvolvimento de um olhar humanizado. “A importância de continuar participando desse projeto, para mim, é conseguir me desenvolver mais como ser humano e como profissional. Ademais, a rede de contatos e de interação social é muito fundamental para nós, alunos, já que estando em contato com a comunidade amplia-se a identificação de demandas sociais, o nosso conhecimento e o impacto da colaboração para uma sociedade com mais equidade”, finaliza.