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Professor da USP é premiado por estudos da área de oftalmologia em evento internacional

O professor Rodrigo Jorge, do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, acaba de ser premiado pela Sociedade Brasileira de Retina e Vitreo, por dois estudos, um sobre  a avaliação de duas técnicas de anestesia para cirurgias de remoção e substituição do vítreo, que é conhecida por vitrectomia, e outro sobre a comprovação da segurança de diferentes doses de injeção intravítrea de tartarato de metoprolol em coelhos.

O estudo Pain during pars plana vitrectomy following sub-Tenon versus peribulbar anestesia: A randomized trial recebeu o Prêmio Márcio Nehemy Award: Best Surgical Free Paper e o trabalho Assessment of the safety of intravitreal injection of metoprolol tartrate in rabbits recebeu o Prêmio Roberto Abdalla Moura Award: Best Experimental Free Paper.

As premiações acontecerão no evento internacional e online 45th BRAVS MEETIN, que será realizado aos sábados durante os meses de Março, Abril e Maio.

Estudo aponta procedimento anestésico que causa menos dor em cirurgias do olho

Com o objetivo de identificar o processo de anestesia que causa menos dor aos pacientes, cientistas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP avaliaram duas técnicas usadas em cirurgias de remoção e substituição do vítreo, que é conhecida por vitrectomia.

A anestesia subtenoniana se mostrou mais confortável aos pacientes, proporciona a administração da quantidade necessária de anestésico e evita os efeitos colaterais causados pelo espalhamento de anestesia na técnica peribulbar.

Neste procedimento, o oftalmologista faz uma pequena incisão na parte branca da superfície do olho com o apoio de uma tesoura. Sendo assim, o médico insere uma agulha “romba” (sem ponta) para a introdução do anestésico.

“Mas antes de tudo isso, uma espécie de geleia anestésica é aplicada no olho, o que proporciona ao paciente maior conforto antes da incisão. A maioria dos pacientes não sente qualquer dor, como pudemos avaliar”, afirma o médico oftalmologista Jefferson Augusto Santana Ribeiro, que é um dos autores do estudo.

Já no método peribulbar, o anestésico é injetado por agulha com ponta cortante através da pálpebra inferior e o paciente referiu maior dor considerando-se todo procedimento cirúrgico, segundo a pesquisa.

Confira mais informações sobre o estudo na matéria “Cientistas apontam procedimento anestésico que causa menos dor em cirurgias do olho” neste link.

Estudo que avalia a segurança de injeção intravítrea

Outro estudo com coautoria do professor Rodrigo Jorge comprovou a segurança de diferentes doses de injeção intravítrea de tartarato de metoprolol em coelhos. O fármaco, que já é usado para reduzir a hipertensão ocular e tratar glaucoma, passa por avaliação da comunidade científica para ação nos tumores oculares.

A segurança da injeção intravítrea foi comprovada por observação clínica, eletrorretinografia e avaliação histológica em grupos de coelhos que receberam o fármaco nas doses de 50 e 100 microgramas (μg), além do grupo controle que recebeu o mesmo volume de solução salina.

“Verificamos que as formas de onda da eletrorretinografia, amplitude e o tempo foi semelhante no grupo controle e nos coelhos que receberam a injeção. Nenhuma toxicidade foi apresentada durante os sete dias de avaliação”, conta o professor.

Além do professor Rodrigo Jorge, o trabalho tem autoria de Mayara Rodrigues Brandão de Paiva, da Fundação Ezequiel Dias; Raquel Gregório Arribada, Carolina Nunes da Silva, Marcela Coelho Silva Ribeiro, Armando da Silva Cunha Júnior; todos da UFMG. E também de Sílvia Ligório Fialho da Fundação Ezequiel Dias.