Atividade apresentou formações, vivências universitárias e história da instituição, aproximando jovens da universidade pública
A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP realizou, no dia 29/5, mais uma edição da Visita Monitorada. Voltada a estudantes do ensino médio, a atividade apresentou os cursos, espaços, projetos e vivências da vida universitária na área da saúde. A iniciativa, promovida pela Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx) e pelo Centro de Memória da FMRP, com apoio de docentes e estudantes de graduação, faz parte das ações de extensão que aproximam a universidade da comunidade.
Neste ano, o evento foi organizado em formato de feira, reunindo estandes de todos os cursos da unidade — Medicina, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Informática Biomédica e Ciências Biomédicas — em um único espaço no prédio central da faculdade. A proposta buscou facilitar a logística e oferecer uma visão integrada da instituição.
“Nos anos anteriores, a visita envolvia deslocamentos por laboratórios e setores do hospital, o que dificultava a compreensão geral. Neste formato, conseguimos concentrar as atividades e proporcionar um panorama mais completo e acessível aos participantes”, explicou a professora Vivian Marques Miguel Suen, do Departamento de Clínica Médica da FMRP. Professores e alunos foram responsáveis por conduzir as atividades, esclarecer dúvidas e compartilhar experiências com os visitantes.
História, ciência e novas possibilidades
Além da apresentação dos cursos, a programação incluiu ações interativas, como o painel “O que é saúde para você?”, vídeos sobre projetos de extensão e uma exposição do Museu Histórico da FMRP, com instrumentos médicos antigos e registros da trajetória da faculdade desde sua fundação, em 1952 — marco da consolidação da instituição como referência em ensino e pesquisa na área da saúde.
Para a professora emérita Maria de Lourdes Veronese Rodrigues, do Centro de Memória, a atividade é uma oportunidade de inspirar os jovens e apresentar o papel da universidade pública. “Além de abrir possibilidades de escolha, mostramos que a USP é pública e gratuita, com projetos que envolvem ensino, pesquisa e extensão. É gratificante ver a alegria dos jovens e poder transmitir um pouco da felicidade que sentimos em trabalhar aqui”, afirmou.
A visita também despertou vocações. Matheus Henrique Guerra, aluno do 2º ano do Ensino Médio, descobriu na atividade um novo interesse. “Gostei bastante de Medicina. Aprendi sobre primeiros socorros, reflexos, como funcionam alguns equipamentos. Me identifiquei muito com a área da saúde”, contou. Já Helena Ferreira Falaguasta, do 3º ano do Ensino Médio, destacou a experiência como um impulso para seu sonho. “Meu sonho é entrar na USP, e vir aqui só aumentou minha vontade. A Terapia Ocupacional me chamou atenção por ajudar as pessoas no dia a dia. Achei muito bonito.”
Universidade pública de portas abertas
Com demonstrações práticas e diálogo direto com os visitantes, os estandes mostraram o cotidiano dos cursos e a diversidade de atuação profissional. Segundo o professor Rinaldo Roberto de Jesus Guirro, da Divisão de Fisioterapia do Departamento de Ciências da Saúde, muitas vezes o aluno do Ensino Médio não conhece todas as profissões da área da saúde. “Na fisioterapia, por exemplo, a área mais divulgada na mídia e de maior conhecimento dos alunos é a desportiva, mas é importante saber que também há atuações em outras áreas como a neurologia, gerontologia, cardiologia, dentre outras. Mostrar essa diversidade de atuações aos alunos é importante para auxiliar em suas escolhas”, afirma o professor.
Para Heverson Freudman Peter Gomes Junior, aluno do 1º ano de Medicina e monitor do evento, a visita monitorada apresenta a vivência universitária e também representa um momento de retorno à sociedade. “Mostramos que o que é produzido aqui dentro tem impacto social. Essa troca permite que os jovens visualizem o futuro. Eu mesmo gostaria de ter participado de uma feira como essa antes de entrar”, afirmou.
“O objetivo é coletar feedback dos participantes, monitores e docentes para que, no próximo ano, possamos aperfeiçoar a visita conforme a avaliação desta edição”, conclui a professora Vivian.
Eduardo Nazaré
Dr. Fisiologia — Assessoria de Comunicação da FMRP-USP