A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP concedeu o título de Professor Emérito ao docente Marco Antonio Zago na última sexta-feira, 11 de novembro. O título, concedido aos professores aposentados que se destacam pela notável contribuição para o progresso da Unidade, foi aprovada pelo Congregação da Faculdade no dia 26 de abril. Agora, Zago compõe a lista de 11 docentes com a titulação concedida pela Unidade.
Realizada no Teatro do Campus da USP em Ribeirão Preto, a cerimônia de outorga iniciou com a entrada do cortejo universitário composta por membros da Congregação da Faculdade e de professores e dirigentes da Universidade. Entre os presentes estavam membros corpo docente, autoridades, funcionários e familiares.
“Este título já o insere em um seleto grupo de professores eméritos da nossa escola, e com satisfação participo deste momento em sua vida. Posso dizer que para conhecer verdadeiramente uma pessoa, dê-lhe poder e dê-lhe dificuldades. Presenciei a vida do professor Zago em momentos não apenas de bonança, mas com ele no poder e em grandes dificuldades, e sua sabedoria e bom senso sempre o guiaram”, ressalta o professor Rui Alberto Ferriani, diretor da FMRP.
Ainda durante a cerimônia, professor Rodrigo Calado citou os principais impactos da trajetória de Zago. “O título é um reconhecimento ao trabalho do professor Zago para a Faculdade que estão baseadas nos três pilares: contribuição para a ciência e para a medicina, a formação de médicos e pesquisadores e a contribuição para a ciência e para a gestão acadêmica”, afirmou.
Já o professor Dimas Covas traçou o histórico a partir de fotografias sobre a vida profissional e pessoal e finalizou declamando o poema Tecendo a Manhã de João Cabral de Melo Neto, que foi citado no discurso de posse como Reitor da USP pelo docente em 2014.
O homenageado entregou um livro de resumo da vida acadêmica aos participantes e, durante o discurso, destacou os principais marcos da sua história e como o Campus de Ribeirão Preto está intimamente ligado com a vida pessoal. Durante o discurso abordou a carreira acadêmica, a inclusão da universidade e autonomia universitária e finalizou com os versos da canção Juízo Final de Nelson Cavaquinho.
“Ao longo dos 57 anos de vida universitária eu testemunhei o melhor e o pior da vida acadêmica, da vida da sociedade e da atuação dos governos. Eu posso lhes garantir: o saldo é altamente positivo. Por isso e apesar de tudo, eu sou otimista quanto ao futuro do nosso país e da nossa universidade. Não sou otimista por ser ingênuo, eu sou porque eu confio na determinação e coragem dos homens e mulheres da nossa universidade” afirmou.
Trajetória profissional
Zago graduou-se em Medicina e obteve os títulos de mestre e de doutor pela FMRP e realizou o pós-doutorado na Universidade de Oxford. Durante a trajetória, foi reitor da USP (2014-2017), pró-reitor de Pesquisa (2010-2014), presidente do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (2007-2010) e secretário de Estado da Saúde do Governo do Estado de São Paulo (2018).
Foi coordenador do Centro de Terapia Celular (CTC) de Ribeirão Preto, que é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), de 2001 a 2015. Além de diretor clínico do Hospital das Clínicas da FMRP (HCFMRP) e membro da Comissão Nacional de Biossegurança (CTNBio).
Em outubro de 2018, o médico assumiu a presidência da FAPESP e foi reconduzido por mais um mandado de três anos em setembro de 2021. Entre as principais áreas de pesquisa estão: anemias hereditárias, genética populacional humana, bases moleculares das neoplasias e células-tronco adultas, em especial células-tronco hematopoéticas e mesenquimais.
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